7 brincadeiras antigas que desenvolvem habilidades cognitivas e motoras

7 brincadeiras antigas que desenvolvem habilidades cognitivas e motoras

Em um mundo cada vez mais tecnológico, é comum que as crianças passem boa parte do seu tempo em frente às telas. No entanto, as brincadeiras antigas, aquelas que marcaram gerações e atravessaram décadas, continuam sendo uma ferramenta poderosa no desenvolvimento infantil — especialmente quando falamos em habilidades cognitivas e motoras.

Essas brincadeiras, simples e acessíveis, estimulam o corpo e a mente, promovem a socialização e fortalecem vínculos afetivos. Ao serem resgatadas no contexto escolar ou familiar, tornam-se não apenas uma forma de diversão, mas também uma rica oportunidade de aprendizado e desenvolvimento integral.

Por que valorizar as brincadeiras antigas?

As brincadeiras tradicionais envolvem movimento, estratégia, memória, coordenação e criatividade. Muitas delas não dependem de brinquedos industrializados nem de ambientes estruturados, o que as torna inclusivas e democráticas. Além disso, proporcionam momentos de interação que favorecem o convívio social, o respeito às regras e o trabalho em equipe.

Essas atividades envolvem tanto o desenvolvimento motor fino (como ao amarrar elástico ou desenhar na amarelinha) quanto o motor amplo (pular corda, correr, equilibrar-se), além de estimular funções executivas, como atenção, memória, planejamento e resolução de problemas.

A seguir, veja algumas brincadeiras antigas e os benefícios que cada uma traz para o desenvolvimento das crianças:

  1. Amarelinha

A amarelinha é uma brincadeira clássica que desenvolve o equilíbrio, a coordenação motora e a noção espacial. Ao lançar a pedrinha e pular nos quadrados com um pé só ou dois, a criança exercita a concentração, a contagem e a memória de sequência. É também uma ótima forma de trabalhar lateralidade e orientação no espaço.

  1. Pular corda

Pular corda exige ritmo, força muscular, resistência e coordenação. Quando feito em grupo, ainda estimula a atenção, o senso de tempo e o trabalho coletivo. Além disso, é uma atividade aeróbica que melhora a saúde cardiovascular e a agilidade.

  1. Pega-pega

Simples e divertida, a brincadeira de pega-pega envolve corrida, esquiva e percepção corporal. As crianças desenvolvem a velocidade de reação, o controle dos movimentos e o planejamento motor. É uma excelente forma de gastar energia e melhorar a resistência física, além de trabalhar noções de regras e limites.

  1. Esconde-esconde

Essa brincadeira estimula habilidades cognitivas como o raciocínio lógico, a tomada de decisões e a antecipação de ações. A criança precisa escolher bons esconderijos, pensar em estratégias para não ser encontrada e identificar o melhor momento para sair correndo. Ao mesmo tempo, trabalha aspectos emocionais como o controle da ansiedade e da frustração.

  1. Jogo de bolinha de gude

Manipular as bolinhas com os dedos ajuda a desenvolver a motricidade fina, além de exigir foco, cálculo de distância, força e direção. O jogo também estimula o raciocínio estratégico, pois é preciso planejar os movimentos para atingir o objetivo.

  1. Elástico

Essa brincadeira, feita com um elástico preso nas pernas de duas crianças, desafia a coordenação, o ritmo e a precisão dos movimentos. A sequência de passos, que vai ficando mais difícil à medida que o elástico sobe, exige memória, atenção e controle corporal.

  1. Cinco Marias (ou saquinhos)

Essa brincadeira tradicional com saquinhos de pano (ou pedrinhas) exige concentração, coordenação motora fina e pensamento lógico. A criança precisa pegar os saquinhos em ordem crescente de dificuldade, o que trabalha também a persistência e a paciência.

Incorporando as brincadeiras no dia a dia

Incentivar essas brincadeiras pode ser mais simples do que parece. Na escola, os professores podem incluir momentos no pátio ou em sala para resgatar essas atividades como parte do planejamento pedagógico. Em casa, os pais e responsáveis podem aproveitar momentos de lazer para brincar junto com as crianças — o que fortalece vínculos e cria memórias afetivas.

Além disso, essas brincadeiras podem ser adaptadas para diferentes idades e espaços, o que amplia ainda mais suas possibilidades de uso. Em tempos onde o sedentarismo e o isolamento social infantil preocupam, promover essas atividades é um verdadeiro investimento no desenvolvimento saudável das crianças.

Conclusão

As brincadeiras antigas continuam sendo uma fonte rica de aprendizado e diversão. Mais do que passatempo, elas são ferramentas que estimulam o corpo e a mente, desenvolvendo habilidades motoras e cognitivas essenciais para o crescimento infantil.

Resgatar essas atividades é valorizar o brincar em sua forma mais pura e significativa. Afinal, é brincando que a criança explora, experimenta, aprende e se desenvolve. Portanto, que tal desligar um pouco as telas e redescobrir essas preciosas brincadeiras do passado?

 

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